quinta-feira, 20 de maio de 2010

Juventude



Os jovens que já experimentaram, bem como os consumidores regulares de tabaco
apresentam um perfil de afastamento em relação à família, à escola e ao convívio com os colegas em meio escolar.
Apresentam também com mais frequência envolvimento com experimentação e consumo de álcool e outras drogas ilícitas e
envolvimento em lutas e situações de violência na escola.
Os jovens que experimentaram tabaco, bem como os consumidores regulares, referem mais frequentemente ver televisão
quatro ou mais horas por dia.
Os jovens que referem já ter experimentado fumar tabaco praticam em geral mais actividade física mas, no que diz respeito
ao consumo regular, a situação inverte-se e são os jovens que não fumam os que mais frequentemente praticam actividade
física.
Os jovens que já experimentaram tabaco bem como os consumidores regulares afirmam-se menos felizes e referem com maior
frequência sintomas de mal estar físico e psicológico, referem em geral uma alimentação menos saudável e um maior
desagrado com a imagem do seu corpo, com uma maior referência a comportamentos de dieta .
De salientar que tanto os jovens que já experientaram como os consumidores regulares apresentam um perfil de afastamento
em relação aos colegas em ambiente escolar mas um maior convívio com os amigos fora das horas da escola. De referir ainda
que os alunos que não fumam são os que mais frequentemente referem não ser aceites como são, por parte dos colegas.
A experimentação e consumo regular de tabaco aparecem-nos assim relacionados com um conjunto de factores pessoais de
vulnerabilidade, aparecendo frequentemente associados a outros comportamentos ligados ao risco para a saúde. A
experimentação e o consumo regular de tabaco aparecem ainda relacionados com outros factores interpessoais, factores estes
que incluem os cenários privilegiados da sua vida social: família e escola.

Efeitos e riscos



Efeitos


O consumidor pode experimentar sensações reconfortantes, favorecimento da memória, redução da agressividade, diminuição do aumento do peso e do apetite em relação aos doces ou relaxamento. Geralmente, ocorre um aumento do ritmo cardíaco, da respiração e da tensão arterial.
Nas pessoas não dependentes pode provocar náuseas e vómitos.


Riscos


O consumo pode provocar hipotonia muscular, diminuição dos reflexos tendinosos, aumento do ritmo cardíaco, da frequência respiratória e da tensão arterial, aumento do tónus do organismo, irritação das vias respiratórias, aumento da mucosidade e dificuldade em eliminá-la, inflamação dos brônquios (bronquite crónica), obstrução crónica do pulmão e graves complicações (enfisema pulmonar), arteriosclerose, transtornos vasculares (exemplo: trombose e enfarte do miocárdio).
Em fumadores crónicos podem surgir úlceras digestivas, faringite e laringite, afonia e alterações do olfacto, pigmentação da língua e dos dentes, disfunção das papilas gustativas, problemas cardíacos, má circulação (que pode levar à amputação) e cancro do pulmão, de estômago e da cavidade oral.
O tabagismo materno influi no crescimento do feto, especialmente no peso do recém nascido, aumento dos índices de aborto espontâneo, complicações na gravidez e no parto e nascimentos prematuros.
A vitamina C é destruída pelo tabaco, daí que se aconselhe os fumadores a tomar doses extra de antioxidantes (vitaminas A, C e E), para ajudar a prevenir certos tipos de cancro.

Origem do Tabaco

A planta Nicotina tabacum deve o seu nome ao médico Jean Nicot que popularizou o seu uso na Europa. Esta planta, juntamente com cerca de mais de cinquenta outras espécies, faz parte do grupo nicotínico.
É originária da América onde era usada, antes da descoberta deste continente, pelos seus efeitos alucinogéneos. É difundida na Europa, após a viagem de Colombo, em parte devido à crença no seu valor terapêutico. A procura do tabaco fez com que a coroa espanhola se apropriasse do monopólio do seu comércio. Mais tarde, os franceses e ingleses juntam-se aos espanhóis, contribuindo para a expansão desta substância, o que origina fortes repressões por muitas autoridades. A título de exemplo, refira-se que Fedorovich dava ordens de tortura a qualquer consumidor até que este confessasse quem tinha sido o seu fornecedor, para depois mandar cortar o nariz a ambos. Também o sultão Murad IV castigava com decapitação, desmembramento ou mutilação quem encontrasse a fumar.
A partir do século XVIII, o levantamento das proibições permite um crescimento gradual do consumo de tabaco. Este consumo era principalmente feito por aspiração nasal, apresentando-se o produto em forma de pó fino ou resíduos (neste último caso, era-lhe atribuído o nome de rapé). O tabaco era também enrolado ou recheado de triturado. Crê-se que o cigarro surgiu das navegações transatlânticas, durante as quais eram apanhados os restos de tabaco, que estavam a ser transportados para a Europa, e enrolados em papel (dado que as folhas inteiras da planta pertenciam à coroa). Começando por ser um consumo de marinheiros, pensa-se que em 1800 já se tinha alargado a outros estratos sociais na Península Ibérica e no Meditarrâneo. Para a sua expansão pelo resto da Europa, em muito contribuíram as guerras napoleónicas.
Na segunda metade do século XIX, o monopólio da fabricação dos cigarros passa a ser dos anglo-saxões. A partir desta altura, o tabagismo passa a afectar quase metade da população mundial.

substâncias do Tabaco



O tabaco vem da planta Nicotiana Tabacum e é uma substância estimulante. Pode ser encontrado em forma de charuto, cigarro (com ou sem filtro), cachimbo, rapé e tabaco de mascar. O tabaco é principalmente fumado, mas pode também ser inalado ou mastigado. Tem uma acção estimulante.
A combustão do tabaco produz inúmeras substâncias como gases e vapores, que passam para os pulmões através do fumo, sendo algumas absorvidas pela corrente sanguínea. Estes substâncias são:
Nicotina: A nicotina é o alcalóide da planta do tabaco. Quando chega ao Sistema Nervoso Central, actua como um agonista do receptor nicotínico da acetilcolina. Possui propriedades de reforço positivo e viciantes devido à activação da via dopaminérgica mesolímbica. Aumenta também as concentrações da adrenalina, noradrenalina, vasopresina, beta endorfinas, ACTH e cortisol, que parecem influir nos seus efeitos estimulantes.
Substâncias irritantes (como a acroleína, os fenóis, o peróxido de nitrogénio, o ácido cianídrico, o amoníaco, etc): provocam a contracção bronquial, a estimulação das glândulas secretoras da mucosa e da tosse e a alteração dos mecanismos de defesa do pulmão.
Alcatrão e outros agentes cancerígenos (como o alfabenzopireno): contribuem para as neoplasias associadas ao tabaco.
Monóxido de carbono: provocam a diminuição da capacidade de transporte de oxigénio por parte dos glóbulos vermelhos.

O Tabaco


O tabaco é uma planta do género nicotínico e existem mais de cinquenta espécies diferentes.

A nicotina tabacum é a que mais suscita maior interesse - é uma planta originária do continente americano.